A previsão da articulação da rede socioassistencial a partir dos dispositivos normativos legais da Assistência Social

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47208/sd.v26i3.2769

Palabras clave:

Política de Assistência Social, Redes, Articulação da Rede Socioassistencial

Resumen

Com o reordenamento da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), a partir da implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), introduz-se a oferta da proteção social através da articulação da Rede Socioassistencial que deve ser organizada e implementada, visando romper com a sobreposição e paralelismo de ações. Analisar como a articulação desta Rede Socioassistencial é orientada a partir das normativas legais que dão sustentabilidade à implementação da PNAS constitui o objetivo central deste artigo. Metodologicamente este objetivo foi alcançado por meio de pesquisa documental em leis, resoluções e cadernos orientadores relacionados à Política de Assistência Social no contexto do SUAS, visando auxiliar na orientação de diferentes trabalhadores do Sistema na implementação da articulação da Rede Socioassistencial em seus cotidianos. Estes documentos, ao serem analisados em sua totalidade apontam diferentes responsabilidades para os atores que operam a Rede Socioassistencial, os quais podem viabilizar ou inviabilizar o acesso ao direito à assistência social.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Analú dos Santos Lopes, Universidade Federal de Santa Catarina

Assistente Social. Especialista em Residência Multiprofissional em Saúde (2017); Mestre (2020) e Doutoranda em Serviço Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (2020). Integrante do Núcleo de Pesquisa Interdisciplinar Sociedade, Família e Políticas Sociais.

Keli Regina Dal Prá

Assistente Social. Mestre (2006) e Doutora (2009) em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Docente do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina nos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Serviço Social e no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Integrante do Núcleo de Pesquisa Interdisciplinar Sociedade, Família e Políticas Sociais e da Rede de Pesquisa Família e Política Social. Rodovia Amaro Antônio Vieira, n. 2463, Bairro: Itacorubi, Florianópolis/SC, CEP: 88034-102. E-mail: keli.regina@ufsc.br.

Citas

AVELAR, M. R.; MALFITANO, A. P. S. Entre o suporte e o controle: a articulação intersetorial de redes de serviços. Ciência saúde coletiva. 2018, v. 23, n. 10, 2018, p.3201-3210. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232018001003201. Acesso em: 06 de fev. 2020.

BEHRING, E.; BOSCHETTI, I. Política Social: fundamentos e história. São Paulo: Cortez, 2008.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm. Acesso em: 2 fev. 2018.

BRASIL. Lei n. 13429 de 31 de março de 2017. Altera dispositivos da lei n. 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o trabalho temporário nas empresas urbanas e dá outras providências; e dispõe sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13429.htm. Acesso em: 13 jul. 2018.

CASTELLS, M. Estado-rede: a possibilidade do Estado na sociedade informacional. São Paulo: Paz e Terra, 1998.

FREY, K. et all. Redes de políticas públicas e sua análise. In: 29° Encontro Anual ANPOCS. GT 19. Caxambu do Sul. 2005. Disponível em: http://anpocs.com/index.php/2005. Acesso em: 5 fev. de 2020.

GONÇALVES, A. S.; GUARÁ, I. M. F. R. Redes de proteção social na comunidade. In: GUARÁ, I. M. F. R (org.). Redes de proteção social. 1 ed. São Paulo: Associação Fazendo História: NECA - Associação dos Pesquisadores de Núcleos de Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o Adolescente, 2010, p.11-29. Disponível em: https://www.neca.org.br/wp-content/uploads/Livro4.pdf. Acesso em: 5 fev. de 2020.

GUARÁ, I. M. F. R. Proteção Integral em Redes Sociais: a sociedade se articula para cuidar dos cidadãos mais vulnerabilizados. In: GUARÁ, I. M. F. R (org.). Redes de proteção social. 1 ed. São Paulo: Associação Fazendo História: NECA - Associação dos Pesquisadores de Núcleos de Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o Adolescente, 2010, p.41-51. Disponível em: https://www.neca.org.br/wp-content/uploads/Livro4.pdf. Acesso em: 5 fev. de 2020.

IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 1998.

IAMAMOTO, M. V. Os espaços sócio-ocupacionais do assistente social. In: Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS). Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. p.1-40. Disponível em: https://www.unifesp.br/campus/san7/images/servico-social/Texto_introdutorio_Marilda_Iamamoto.pdf. Acesso em: 19 jul. 2018.

JUNQUEIRA, L. P. Intersetorialidade, transetorialidade e redes sociais na saúde. Revista Administração Pública, Rio de Janeiro, v.34, n.6, 2000, p.35-45.

LAVORATTI, C. Tecendo a rede de proteção: desafios do enfrentamento intersetorial à violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes no município de Curitiba/PR. 2013. Tese (Doutorado em Sociologia) – Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013. Disponível em: http://www.humanas.ufpr.br/portal/pgsocio/files/2013/09/TESE-CLEIDE-LAVORATTI-2013.pdf. Acesso em: 5 fev. de 2020.

LOIOLA, E.; MOURA, S. Análise de redes: uma contribuição aos estudos organizacionais. In: FISCHER, T. (org.). Gestão contemporânea: cidades estratégicas e organizações locais. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1997, p.53-68.

LOPES, A. S. Articulação da rede socioassistencial no Sistema Único de Assistência Social: apontamentos a partir de uma experiência municipal. 2020. Dissertação (Mestrado em Serviço social) - Programa de Pós-graduação em Serviço Social, Centro Socioeconomico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2020.

MARINI, C.; MARTINS, H. F. Um governo matricial: estruturas em rede para gerar resultados de desenvolvimento. In: LEVY, E.; PRAGO, P. A. (orgs.). Gestão pública no Brasil contemporâneo. São Paulo: FUNDAP, Casa Civil, 2005. p.239-281. Disponível em: http://biblioteca.planejamento.sp.gov.br:8080/Arquivos/arquivosAnexo/1450693922081LEVY_DRAGO_gestao_publica_no_brasil.pdf. Acesso em: 2 jun. de 2019.

MELLO, F. A. O. P. Articulação interinstitucional de redes em Santos. In: GUARÁ, I. M. F. R (org.). Redes de proteção social. 1 ed. São Paulo: Associação Fazendo História: NECA - Associação dos Pesquisadores de Núcleos de Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o Adolescente, 2010, p.65-70. Disponível em: https://www.neca.org.br/wp-content/uploads/Livro4.pdf. Acesso em: 5 fev. 2020.

MESTRINER, M. L. O Estado entre a filantropia e a Assistência Social. São Paulo: Cortez, 2001.

MIOTO, R.C.T. O trabalho com redes como procedimento de intervenção profissional: o desafio de requalificação dos serviços. Katálisys, Florianópolis v.5, n.1, 2002, p.51-58. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/5870/5423. Acesso em: 8 abr.2020.

MONTAÑO, C. Terceiro setor e questão social: crítica ao padrão emergente de intervenção social. São Paulo: Cortez, 2002.

MS. Portaria n. 188, de 3 de fevereiro de 2020. Declara Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/portaria/prt188-20-ms.htm. Acesso em: 5 maio 2020.

OLIVEIRA, V. L. A.; PFEIFFER, L., RIBEIRO, C. R.; GONÇALVES, M. T.; RUY, I. A. E. Redes de Proteção: Novos Paradigmas de Atuação - Experiência de Curitiba. In: Ministério da Saúde. Violência Faz Mal à saúde. Série B. Textos Básicos de Saúde. 2 ed. Brasília, 2004, p.143-161. Disponível em: http://bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/services/e-books-MS/06_0315_M.pdf. Acesso em: 14 maio 2020.

PEREIRA, P.A. Política social: temas e questões. São Paulo: Cortez, 2009.

PEREIRA, K. Y. L.; TEIXEIRA, S. M. Redes e intersetorialidade nas políticas sociais: reflexões sobre sua concepção na política de assistência social. Textos & Contextos, Porto Alegre, v.12 n.1, 2013, p.114-127. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/view/12990/9619. Acesso em: 28 maio 2019.

SANICOLA, L. As dinâmicas de rede e o trabalho social. São Paulo: Veras, 2008.

SILVA. J.A. Princípios dos processos de formações das leis no direito constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1964.

SPINK, P. K; RAMOS, A. M. F. Rede Socioassistencial do SUAS: configurações e desafios. O Social em Questão, Rio de Janeiro, n.36, 2016, p. 285-310.

SPOSATI, A. Gestão organizacional, vigilância socioassistencial e trabalho em uma década de gestão do SUAS – 2005-2015. 2016. Disponível em: https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/ferramentas/docs/Produto_1_Alda%C3%ADza%20Sposati.pdf. Acesso em: 18 jul. 2018.

SPOSATI, A., et al. A assistência na trajetória das políticas sociais brasileiras: uma questão em análise. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2007.

TEIXEIRA, S. M. F. O desafio da gestão das redes de políticas. In: Congresso Internacional del CLAD sobre la reforma del estado y de la administración pública, 7, Lisboa, Portugal, 2002, p.1-24. Disponível em: http://unpan1.un.org/intradoc/groups/public/CLAD/clad0043204.pdf. Acesso em: 28 maio 2019.

TEIXEIRA, S. M. F. Pobreza no Brasil contemporâneo e formas de seu enfrentamento. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 110, 2015, p.288-322.

REFERÊNCIAS DA PESQUISA DOCUMENTAL

BRASIL. Lei n. 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742compilado.htm. Acesso em: 3 fev. 2018.

BRASIL. Lei n. 10.836, de 09 de 2004a. Cria o programa Bolsa Família, altera a lei n. 10.689, de 13 de junho de 2003 e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.836.htm. Acesso em: 10 jul. 2018.

BRASIL. Política Nacional de Assistência Social. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Brasília, 2004b. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/PNAS2004.pdf. Acesso em: 3 fev. 2018.

BRASIL. Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social - NOB-SUAS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Brasília, 2005. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/assistencia_social/nob_suas.pdf. Acesso em: 3 fev. 2018.

BRASIL. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Texto da Resolução n. 109, 2009a. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Brasília, 2009. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/.../tipificacao.pdf. Acesso em: 4 fev. 2018.

BRASIL. Resolução CIT n. 7, de 10 de setembro de 2009b. Dispõe sobre os procedimentos para a gestão integrada dos serviços, benefícios socioassistenciais e transferências de renda para o atendimento de indivíduos e de famílias beneficiárias do PBF, PETI, BPC e benefícios eventuais, no âmbito do SUAS. Disponível em: http://www.assistenciasocial.al.gov.br/sala-de-imprensa/arquivos/Protocolo%20de%20Gestaa3o_internet.pdf. Acesso em: 11 jul. 2018.

BRASIL. Resolução conjunta CNAS/CONANDA n. 1, de 18 de junho de 2009c. Aprova o documento Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes. Disponível em: http://www.mds.gov.br/cnas/noticias/orientacoes_tecnicas_final.pdf. Acesso em: 11 set. 2018.

BRASIL. Lei n. 12.435, de 06 de julho de 2011a. Altera a lei n. 8.742, de 7 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a organização da assistência social. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12435.htm. Acesso em: 10 jul. 2018.

BRASIL. Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social: anotada e comentada. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Brasília, 2011b. Disponível em: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/NOB-RH_SUAS_Anotada_Comentada.pdf. Acesso em: 10 de jun. 2018.

BRASIL. Orientações técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome: Brasília, 2011c. Disponível em: http://aplicacoes.mds.gov.br/snas/documentos/04-caderno-creas-final-dez..pdf. Acesso em: 12 jul. 2018.

BRASIL. Orientações técnicas: Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua – Centro Pop. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome: Brasília, v.3, 2011d. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_centro_pop.pdf. Acesso em: 12 jul. 2018.

BRASIL. Caderno de orientações técnicas sobre o PAIF. 1 ed. Ministério do Desenvolvimento e Combate a Fome: Brasília, v. 1. 2012a. Disponível em: http://agendaprimeirainfancia.org.br/arquivos/Orientacoes_PAIF_1.pdf. Acesso em: 12 jul. 2018.

BRASIL.Orientações técnicas sobre o PAIF: Trabalho Social com as Famílias do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias Paif. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome: Brasília, v.2, 2012b. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/Orientacoes_PAIF_2.pdf. Acesso em: 12 jul. 2018.

BRASIL. Lei n. 13.257, de 08 de março de 2016a. Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera a lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da criança e do adolescente), o decreto-lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de processo penal), a consolidação das leis do trabalho (CLT), aprovada pelo decreto-lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943, a lei n. 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a lei n. 12.662, de 5 de junho de 2012. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13257.htm. Acesso em: 10 jul. 2018.

BRASIL. Caderno de orientações. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Articulação necessária na Proteção Social Básica. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome: Brasília, v. 3. 2016b. Disponível em: https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/assistencia_social/cartilha_paif_2511.pdf. Acesso em: 12 jul. 2018.

BRASIL. Caderno de orientações. Fundamentos ético-políticos e rumos teórico-metodológicos para fortalecer o Trabalho Social com Famílias na Política Nacional de Assistência Social. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome: Brasília, 2016c.

Publicado

2020-12-15

Cómo citar

Lopes, A. dos S., & Dal Prá, K. R. (2020). A previsão da articulação da rede socioassistencial a partir dos dispositivos normativos legais da Assistência Social. Sociedade Em Debate, 26(3), 110-130. https://doi.org/10.47208/sd.v26i3.2769