O Planejamento Estratégico e a Cidade de Exceção: a fascização das políticas urbanas em meio ao Estado de Exceção permanente das cidades brasileiras
Palavras-chave:
Planejamento estratégico de cidades. Cidade de exceção. Fascismo social. Necropolítica.Resumo
O presente artigo consiste em análise teórica dos processos de legitimação do estado permanente de exceção vivido diariamente pelas comunidades das cidades brasileiras, oriundos da reestruturação capitalista da década de 1970. Objetiva discutir como a política urbana emergente tem provocado a completa submissão das cidades aos interesses privados por meio da despolitização dos problemas urbanos, na busca da concretização dos projetos de interesse dos capitais interessados na obtenção de lucros na cidade, em detrimento dos interesses da sociedade. A abordagem metodológica utilizada é de caráter qualitativo, consistindo em revisão bibliográfica crítica sobre a questão urbana. Por fim, aborda como o Estado, por meio da política urbana, ao invés de promover o bem-estar coletivo, avança de forma feroz sobre as periferias promovendo a necropolítica, na concretização do projeto de destruição das barreiras que impedem o pleno desenvolvimento dos interesses do mercado.