O Assistente Social e os processos de criminalização e patologização da população em situação de rua
Palavras-chave:
População em situação de rua – Proibicionismo – Exercício Profissional.Resumo
Este artigo apresenta a produção dos processos de criminalização e patologização da população em situação de rua que resulta na classificação destes como “criminosos” e “dependentes químicos” por parte da sociedade civil e do poder público. Partimos da hipótese de que isso é possível pelo proibicionismo que torna ilegal a produção, circulação e consumo de certas substâncias psicoativas (SPA) e, concomitantemente, produz a estigmatização de segmentos específicos da classe trabalhadora. O artigo busca apresentar respostas às demandas dos assistentes sociais nesse contexto que sejam condizentes com os compromissos da categoria no âmbito da prática profissional, sem reforçar ou coadunar com esses mesmos processos, e conclui que a ideologia proibicionista é incompatível com a perspectiva ético-política adotada pela profissão.