Condições de trabalho e processos de adoecimento de assistentes sociais no sul do Espírito Santo
DOI:
https://doi.org/10.47208/sd.v30i1.3558Palabras clave:
condições de trabalho, Adoecimento de assistentes sociais, Afastamento do trabalhoResumen
O objetivo do artigo consiste em abordar as implicações das condições de trabalho para o processo de adoecimento de assistentes sociais do Sul do Espírito Santo. Metodologicamente, recorremos a estudo bibliográfico e pesquisa de campo. Para a pesquisa de campo, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, utilizou-se como critério de investigação das condições de trabalho, a Resolução CFESS nº 493/2006, que aborda elementos indispensáveis à realização do trabalho de assistentes sociais e, para análise do adoecimento profissional, considerou-se os índices de adoecimento físico, psíquico e de afastamentos do trabalho, tendo por base os parágrafos I e II, do Artigo 20, da Lei 8.213/1991. A pesquisa contou com a participação de 120 assistentes sociais, inscritos/as no CRESS-17ª Região e com domicílios indicados no Sul do Espírito Santo. Os resultados revelam que a natureza do trabalho de assistentes sociais no bojo da sociedade do capital, os/as expõe a situações desafiadoras, por meio do contato direto e protervo com as expressões da questão social, em um contexto de retração de recursos institucionais, somada às inadequadas condições de trabalho - elementos que caracterizam o processo de adoecimento destes/as profissionais.
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