A desospitalização dos últimos pacientes do antigo leprosário São Roque
DOI:
https://doi.org/10.47208/sd.v30i1.3253Palabras clave:
desospitalização, hanseníase, história oral, hospital colôniaResumen
Este artigo visa apresentar o processo de desospitalização dos últimos pacientes asilados do Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná (HDSPR) – antigo Leprosário São Roque – e as consequências da institucionalização de longo prazo na vida desses sujeitos. Metodologicamente, o estudo apoia-se na pesquisa oral e busca utilizar ainda os documentos produzidos no âmbito da própria instituição. Para isso são considerados os relatos dos próprios pacientes asilares, seus familiares e/ou funcionários do hospital, como meio para reconstrução de suas trajetórias. O estudo faz, ainda, uma breve contextualização referente à hanseníase, às políticas sanitárias da doença no Brasil e à história do HDSPR. Por fim, as considerações finais problematizam a condição asilar desses pacientes após a superação do modelo de hospital-colônia da década de 1980, e ressalta a importância do registro dos profissionais que se dedicaram à preservação da história desses locais e dos indivíduos inseridos nesses espaços.
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