A judicialização como acesso ao direito à saúde: considerações ao debate brasileiro

Autores

  • Anabelle Carrilho da Costa
  • Maíra Selva Borges

Palavras-chave:

Judicialização, política de medicamentos, política de saúde, direito à saúde

Resumo

O presente artigo aborda a questão da judicialização de medicamentos como forma de acesso ao direito à saúde a partir de dois processos judiciais que envolvem doenças terminais. Foram analisadas as vozes dos atores envolvidos em cada caso: juízes, autores, réus e Ministério Público e quais argumentos reforçam seu posicionamento. Para análise do debate da garantia do direito à saúde nesses processos, foram consideradas as ideias de capacidades de Martha Nussbaum e de oportunidades de Norman Daniels. Há consenso sobre a necessidade de se proteger o acesso à saúde, no entanto, os argumentos trazidos pelos réus enfatizam questões de ordem administrativa, o que pode demonstrar tendência utilitarista. Conclui-se que o debate brasileiro tende à manutenção das oportunidades, assim, publicidade e transparência no desenho das políticas de saúde devem ser determinantes para que as decisões nelas embasadas sejam consideradas legítimas e justas, além de influenciar no número de demandas que chegam ao Judiciário.

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Biografia do Autor

Anabelle Carrilho da Costa

Assistente Social da Eletronorte (Centrais Elétricos do Norte do Brasil SA). Mestranda no Programa de Pós Graduação em Política Social da Universidade de Brasília.

Maíra Selva Borges

Graduada em Direito. Advogada da Eletronorte (Centrais Elétricos do Norte do Brasil SA).

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Publicado

2012-06-27

Como Citar

Costa, A. C. da, & Borges, M. S. (2012). A judicialização como acesso ao direito à saúde: considerações ao debate brasileiro. Sociedade Em Debate, 16(1), 77-89. Recuperado de https://revistas.ucpel.edu.br/rsd/article/view/338