De carrasco a agentes penitenciários: os trabalhadores do sistema prisional no contexto de acumulação flexível e de Estado penal

Autores

  • Cíntia Lopes Branco Universidade Federal de Mato Grosso
  • Imar Domingos Queiroz Universidade Federal de Mato Grosso

Palavras-chave:

Neoliberalismo, Estigma Social, Estado Penal, Sistema Prisional, Agentes Penitenciários, Prisionização.

Resumo

Com celas superlotadas, espaços precariamente adaptados e condições sanitárias degradantes, as cadeias representam um mercado em crescimento. A instalação de novas unidades atende às demandas do capital, tanto no que diz respeito à expansão do mercado de prestação de serviços, como na absorção da força de trabalho barata. O profissional do sistema penitenciário sofre as agruras de qualquer trabalhador, somado ao fato de trabalhar em uma instituição total e sofrer dos fenômenos de estigmatização e de prisionização, fatores que deterioram drasticamente sua vida. O artigo analisa o trabalho dos agentes penitenciários, a origem e a base de sustentação ideológica dessa profissão, a precarização das condições de trabalho e a alienação desses trabalhadores, com ênfase para a realidade de Mato Grosso. A partir de revisão bibliográfica e de consulta a fontes diversas, verificou-se que o agente penitenciário desenvolve suas atividades sob forte tensão, em condições degradantes de labor, além do convívio diário com o estigma da profissão.

 

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Biografia do Autor

Cíntia Lopes Branco, Universidade Federal de Mato Grosso

Graduada em História pela Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul e Mestra  em Política Social, pela Universidade Federal de Mato Grosso.

Imar Domingos Queiroz, Universidade Federal de Mato Grosso

Assistente Social, doutora em Sociologia Política/UFSC. Professora Associada do Programa de Pós-Graduação em Política Social e do Departamento de Serviço Social da UFMT.

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Publicado

2019-04-07

Como Citar

Branco, C. L., & Queiroz, I. D. (2019). De carrasco a agentes penitenciários: os trabalhadores do sistema prisional no contexto de acumulação flexível e de Estado penal. Sociedade Em Debate, 25(1), 195-210. Recuperado de https://revistas.ucpel.edu.br/rsd/article/view/1819