Thanatos: Mitologia, Filosofia, Antropologia

Autores

  • Giovanni Baruffa

Resumo

A morte é um evento natural que interessa a todo ser vivo: uma dívida contraída ao nascer. O homo sapiens é o único ser que tem consciência da morte, o único a saber e viver na certeza de que irá morrer. A certeza do evento associa-se à dificuldade em aceitá-lo. Por isso, desde os primórdios da humanidade, o homem criou mitos cuja função foi afugentar o medo da morte, neutralizá-la mediante a convicção de que a morte abrirá o caminho para outra vida. Podemos dizer, a este propósito, que a história da cultura e das civilizações humanas encontra-se inscrita nos túmulos e nos é contada por eles. Hoje, infelizmente, a morte perdeu o direito de cidadania e tornou-se a “Grande Apólide”, escondida, rejeitada, considerada “obscena”. Falar ou escrever sobre ela é de extremo mau gosto. O que se enaltece, hoje, é a vida e o mito da eterna juventude. Só a Igreja, depositária dos ensinamentos de Cristo, teima em nos lembrar que a morte é o preço a ser pago pelo pecado de origem. Ela, todavia, foi vencida pelo sacrifício do Filho de Deus que, aceitando-a, se colocou ao nível dos mortais, para, depois, vencê-la com a sua Ressurreição. Para o cristão, o dia da morte é o Dies Natalis, o dia do nascimento para a eternidade no convívio dos eleitos.

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Como Citar

Baruffa, G. (2019). Thanatos: Mitologia, Filosofia, Antropologia. Razão E Fé , 4(2), 45-52. Recuperado de https://revistas.ucpel.edu.br/rrf/article/view/2455

Edição

Seção

Artigos