ENTRE ESSÊNCIA E APARÊNCIA: MAQUIAVEL SOBRE A MORAL, A POLÍTICA E A VIRTUDE

Autores/as

  • Paulo Gilberto Gubert

Resumen

O objetivo do artigo é analisar como se articula no interior da obra O Príncipe de Maquiavel a questão referente à moral. Esta tem sido objeto de discussão intensa e por muitos, considerada o ponto central de sua teoria. Algumas análises d’O Príncipe chegam a considerar essa obra como a que foi responsável pela separação entre a moral e a política, ou seja, esses dois princípios não passariam a reger a vida do governante, o qual deveria escolher entre um deles. No entanto, o que se pretende, aqui, não é analisar O Príncipe sob a perspectiva do separador entre política e moral, mas sustentar que Maquiavel n’O Príncipe, não traduziu a separação entre moral e política, mas somente apresentou como correta uma moral diferente daquela que o cristianismo prega; uma moral baseada nos princípios da Antiguidade, do Império Romano. Portanto, intenciona-se, apresentar e defender que Maquiavel não emancipou a política da ética ou da religião. O que fez foi a distinção entre duas modalidades de moral: a judaico-cristã e a pagã. Sob esta perspectiva, não haveria, divórcio entre a política e a ética que muitos autores atribuem a Maquiavel. Defenderemos, em última analise, que Maquiavel como renascentista procura inspirar-se nos modelos greco-romanos e não cristãos.

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Publicado

2020-11-12

Cómo citar

Gubert, P. G. (2020). ENTRE ESSÊNCIA E APARÊNCIA: MAQUIAVEL SOBRE A MORAL, A POLÍTICA E A VIRTUDE. Razão E Fé , 18(2). Recuperado a partir de https://revistas.ucpel.edu.br/rrf/article/view/2860